O homem que não ri
o homem que não ri abafa os risos dos pássaros debaixo do seu casaco negro, arrasta os pés no alcatrão fresco enquanto a noite se aproxima ao fundo, pela cortina do horizonte.
o homem que não ri abre os olhos na escuridão, bebe de copos vazios o medo dos procurados, sacode a chuva dos ombros nos dias afogados
o homem que não ri dorme de pé, de olhos abertos, guarda o silêncio, a noite no seu peito
o homem que não ri, um dia riu.
o homem que não ri, nunca ri, assalta as noites frias com os seus braços esguios,
e mudo ri, na bruma onde se esconde
o homem que não ri abafa os risos dos pássaros debaixo do seu casaco negro, arrasta os pés no alcatrão fresco enquanto a noite se aproxima ao fundo, pela cortina do horizonte.
o homem que não ri abre os olhos na escuridão, bebe de copos vazios o medo dos procurados, sacode a chuva dos ombros nos dias afogados
o homem que não ri dorme de pé, de olhos abertos, guarda o silêncio, a noite no seu peito
o homem que não ri, um dia riu.
o homem que não ri, nunca ri, assalta as noites frias com os seus braços esguios,
e mudo ri, na bruma onde se esconde
Pupilas dilatadas na noite soam-me como um riso desse homem que não ri...
ResponderEliminarUm poema que retrata lembrnças longínquas.
Beijos,
e o homem que não ri, ri. retrato ou negativo fotográfico?
ResponderEliminarbeijos em polaroid!