[dialogo do
guerreiro]
existe uma
madrugada fria
logo a
seguir às noites em desalinho
é quando o
sol, ainda que tímido, ainda que pálido
nos beija o
rosto
abre os
olhos
liberta os
demónios
descansa o
corpo cansado
um dia
vamos de mão dada
alimentar
os leões, sem medo no peito
um dia, um
dia talvez
a tua mão
conseguirá cobrir a minha
e nessa
altura já posso cerrar as pálpebras
acorda, o
dia despertou
a madrugada
chega para ti
[terminam aqui os desAlinhados, este último desAlinhado é teu, Afonso, minha madrugada]