A roupa que trago
a roupa que trago:
mostra os vincos das calçadas onde descanso
recolhe o pó das estradas onde corro
brilha ao sol com as suas manchas de sal
a roupa que trago:
carrega o peso das palavras
abriga o orvalho que já secou
lembra o frio dos dias compridos
a roupa que trago:
acaricia a minha pele, a minha carne
ouve o lamento dos meus ossos
e sabe que nas veias o sangue ainda corre
a roupa que trago: é só minha
a roupa que trazes: é só tua
e por baixo dela estamos todos despidos
a roupa que trago:
mostra os vincos das calçadas onde descanso
recolhe o pó das estradas onde corro
brilha ao sol com as suas manchas de sal
a roupa que trago:
carrega o peso das palavras
abriga o orvalho que já secou
lembra o frio dos dias compridos
a roupa que trago:
acaricia a minha pele, a minha carne
ouve o lamento dos meus ossos
e sabe que nas veias o sangue ainda corre
a roupa que trago: é só minha
a roupa que trazes: é só tua
e por baixo dela estamos todos despidos
"quanto mais roupa trago mais nu me sinto" [não sei quem escreveu isto; talvez o jorge sousa braga...].
ResponderEliminarah, esta nudez subcutânea que a todos percorre numa espécie de maldição humana...
beijos, amiga!
p.s. é uma quase crónica, este texto :)