tenho uma cicatriz no joelho esquerdo. por mais que tente enfeita a rótula esquerda, marca o joelho esquerdo. mas não me dói.
tenho uma queimadura na mão esquerda. não quero que daí saia, mas saiu. e dói imenso.
encher com água, a banheira suja, do quarto frio, na mansão abandonada.
percorrer, com os pés descalços o mármore bolorento, dar um pontapé em qualquer coisa, acender um cigarro, mergulhar naquela água, quentíssima, quente, fria, gelada.
esperar a serpente que entra pela janela entreaberta.

Fotografia de Jorge Molder, Um dia Cinzento
maravilhoso,
ResponderEliminarpoema maravilhoso
...
(pé ante pé
sentindo texturas)
beijo carinhoso.
arrepiante espera,
ResponderEliminarbeijo
ritual que nos banha com sensações geladas, tépidas, ardentes... e a espera faz-se nas linhas que nem o tempo sabe como apagar...
ResponderEliminarbeijos!
Há marcas que permanecem, enquanto a espera nos consome... E nós, tal como a água, vamos ficando gelados...
ResponderEliminarBelíssimo poema! Gostei imenso...