Jorge Molder
Adeus
não te sinto dentro de mim
ficaram entranhas despedaçadas, aquando
da tua passagem em fumo,
o sangue coagulou, em poças, aos meus pés
[e eu quero afogar me nele]
não respiro o teu corpo
arrancaram-se pedaços de pele, enquanto
falavas de infinitos granitos,
os olhos esvaziaram-se, em mágoa, à minha volta
[e eu quero ver esta cegueira]
não sinto os teus pés
perderam-se nos trilhos, onde
desde sempre estiveste
o peito guarda ramos secos, partidos
[e eu saio a correr]
adeus.
ResponderEliminara.deus.
aos homens.
também eu acabo por sair a correr.
beijo!