corre o sangue em veias gastas, entupidas
da imundice da terra em que te afogas
sob a pele os músculos apodrecidos, ruidosos
soltam-se dos ossos plásticos
todo o esqueleto de peças partidas, perdidas
escondidas no silêncio dos teus braços
queres respirar?
[não quero que respires,
quero que respires o lodo líquido
no qual te afogas,
quero que não respires]
Man Ray, Yves Tanguy, Joan Miro e Max Morise, Cadavre Exquis, 1928
o dia mnais aziago hoje pode ser o da libertação e o da renovação amanhã. enquanto a perspectiva não for mediada pelo (necessário) tempo, o cadáver pa(e)recerá sempre mais esquisito do que realmente é.
ResponderEliminarabraços!