Sede
entra silenciosa pelo peito,
pelas frinchas escuras das costelas
e aloja-se nos pulmões
consome os tecidos à sua volta
musculo, tendão, carne
no fim, só a pele guarda o pó
«Escrever não é agradável. É um trabalho duro e sofre-se muito. Por momentos, sentimo-nos incapazes: a sensação de fracasso é enorme e isso significa que não há sentimento de satisfação ou de triunfo. Porém, o problema é pior se não escrever: sinto-me perdido. Se não escrever, sinto que a minha vida carece de sentido.»
de Paul Auster
"Saber que será má uma obra que se não fará nunca. Pior, porém, será a que nunca se fizer. Aquela que se faz, ao menos, fica feita. Será pobre mas existe, como a planta mesquinha no vaso único da minha vizinha aleijada. […] O que escrevo, e que reconheço mau, pode também dar uns momentos de distracção de pior a um ou outro espírito magoado ou triste. Tanto me basta, ou não me basta, mas serve de alguma maneira, e assim é toda a vida."
de Bernardo Soares
visualmente inquietante.
ResponderEliminarno fim... ainda haverá a pele. e o pó espana-se.
beijo!
às vezes chega a consumir desde a córnea, pupila, cristalino até ao nervo óptico, e o que fica parecem só sombras
ResponderEliminarBeijo Laura!