quer o poeta nuvens de sonho, altas no céu de azul
enquanto arrasta os pés no lodo dos dias,
busca os cêntimos na fenda do tempo
que passa sem piedade nas rugas do peito
bebe o poeta a água de chuva, caindo das caleiras rotas
afoga os dedos em promessas de vento
os cabelos embranquecem, a carne separa-se dos ossos
e bebe a água da chuva a alma do poeta

Fotografia de Pedro Polónio, http://club-silencio.blogspot.com/
por isso, na tradição literária, o poeta é de tudo um pouco: fingidor, maior do que os homens, garimpeiro, ceifeira, artífice, caminhante, génio... mas sobretudo um louco que sorri, com os olhos esbugalhados, enquanto crê que o sonho que planta um dia possa germinar. e os milagres existem (ainda que só em poesia).
ResponderEliminarbeijos, laura-amiga!
está chovendo
ResponderEliminar(desde cedo)
o dia todo
chovendo
...
são tantas almas
para um dia todo
assim, chovendo
...
beijo carinhoso.
assino o que disse o Jorge, e a tua lira entontece
ResponderEliminarbeijo