meu corpo junto ao teu,
deitar nas vozes abafadas,
prisioneiras de teu peito.
Quis um dia,
meu sonho ao lado do teu,
erguer nuvens sorrateiras,
no gelo de nossos dias.
Quis um dia,
minha boca com a tua,
esquecer as âncoras de aço,
perder a vida que resta
Resta-me o sono da perda,
Na insónia do desejo.

A Sesta, 1939, Almada Negreiros
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