Enchi as pedras com ar,
Para que ficassem suspensas.
Pintei mil cores nas gotas de chuva,
Que acabariam por manchar o solo.
Subi alto, raptando o vento.
Roubei relógios, criei calendários.
Estratégias mil.
Comandei os solos, prometi sementes.
Apanharam-me por fim,
As malhas invisíveis,
Do tal de Universo.
«Escrever não é agradável. É um trabalho duro e sofre-se muito. Por momentos, sentimo-nos incapazes: a sensação de fracasso é enorme e isso significa que não há sentimento de satisfação ou de triunfo. Porém, o problema é pior se não escrever: sinto-me perdido. Se não escrever, sinto que a minha vida carece de sentido.»
de Paul Auster
"Saber que será má uma obra que se não fará nunca. Pior, porém, será a que nunca se fizer. Aquela que se faz, ao menos, fica feita. Será pobre mas existe, como a planta mesquinha no vaso único da minha vizinha aleijada. […] O que escrevo, e que reconheço mau, pode também dar uns momentos de distracção de pior a um ou outro espírito magoado ou triste. Tanto me basta, ou não me basta, mas serve de alguma maneira, e assim é toda a vida."
de Bernardo Soares
Enchi as pedras com ar,
ResponderEliminarPara que ficassem suspensas.
imagem bonita, laura.
belíssima imagem.
encheste, pintaste, subiste, roubaste, criaste, comandaste, prometeste... que importa se o universo te apanhou? A maioria é apanhada antes mesmo de poder dizer tudo o que fizeste...
ResponderEliminarum beijinho grande!
tens aqui duas imagens que adorei: a que o roberto referiu e "subi alto, raptando o vento"...
ResponderEliminarque o universo nos apanhe,apanhará sempre, mas nunca de braços caídos. sei do falo, Laura.nunca desisto(as) de lutar!
deixo-te + um beijo
--->sei do QUE falo...
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