Naquela tarde em cinzas,
Restava uma cama destituída,
Dos seres de outrora.
Um colchão disforme,
Oculto por um solitário lençol,
Sujo de dor.
Naquelas cinzas em tarde,
Pintaram-se as paredes de branco,
Cobrindo a mazela dos dias.
Um vento que irrompe,
Levantando areia dos tempos.
E depois, o desmoronar.
«Escrever não é agradável. É um trabalho duro e sofre-se muito. Por momentos, sentimo-nos incapazes: a sensação de fracasso é enorme e isso significa que não há sentimento de satisfação ou de triunfo. Porém, o problema é pior se não escrever: sinto-me perdido. Se não escrever, sinto que a minha vida carece de sentido.»
de Paul Auster
"Saber que será má uma obra que se não fará nunca. Pior, porém, será a que nunca se fizer. Aquela que se faz, ao menos, fica feita. Será pobre mas existe, como a planta mesquinha no vaso único da minha vizinha aleijada. […] O que escrevo, e que reconheço mau, pode também dar uns momentos de distracção de pior a um ou outro espírito magoado ou triste. Tanto me basta, ou não me basta, mas serve de alguma maneira, e assim é toda a vida."
de Bernardo Soares
bonito,e tão triste. porque não pode o acabar ter outro fim?
ResponderEliminarvotos de que o ciclo de renovação se cumpra em ti, Laura.boa Páscoa.
beijinho
psssst! olha um nenúfar, ali, a espreitar por entre os escombros ;)
Obrigada, Em@, e uma borboleta ante o pára-brisas!
ResponderEliminarBoa Pascoa!
Beijos
Laura
um nenúfar a olhar por entre os escombros enquanto a borboleta pousa no pára-brisas... e o automóvel parado na berma do tempo...
ResponderEliminarBeijinho, Laura!
Bem, acho que podemos escrever qualquer coisa os três, não?
ResponderEliminarBeijos!
Laura