ó poeta medíocre
diz-me lá então tu
porque teimas em escrever
II
palavras comuns
repetidas
vezes e vezes sem conta
III
espiral em aperto
serpente
mordendo a cauda
IV
e tu, poeta miserável
continuas
nesse labirinto sem saída
V
e tu, poeta lastimosa
tentada
pelos números que te ofertam
VI
arregala os olhos
até que as lágrimas te saltem:
é só comercio, nada mais
VII
ó poeta reles
nem asas te valem
para arder no firmamento
VII
ó triste de ti
que as águas carreguem
as tuas cinzas
VIII
e a poeta disse:
escrevo por que escrevo e pronto
e ponto
[regresso de uma pequena paragem, umas pequeníssimas férias, deixo-vos os votos de um bom ano de 2013, em breve retomarei as minhas visitas pela blogosfera
a todos um imenso obrigada por me acompanharem e me permitirem também a leitura dos vossos poemas]
gostei do ponto final. E ponto.
ResponderEliminarescrevo para acompanhar-me... e pronto!
ResponderEliminarbeijo, Laura poeta!
Poesia não precisa de justificativa, bem como nenhuma outra expressão artística. Ela deve ser livre, solta e de quem quiser.
ResponderEliminarFeliz Ano Novo!!
PS: Adorei a dica do John Zorn e já baixei.
Querida Laura
ResponderEliminarSei que sou um poeta medíocre, mas teimo teimo em escrever. Escrevp porque escrevo e ponto.
Um Feliz Ano Novo
Bjs