O rochedo
sentei-me num rochedo e o mar tão baixo
a espuma ficava prisioneira nas fragas
e desaparecia deixando ficar manchas amareladas
[qual o dia do ano? não sei
estaria frio? estaria calor? não sei]
pequenas gotas de mar salpicavam-me o rosto
enquanto pequenos caranguejos eram levados
para serem de novo trazidos, perdidos entre as ondas
[qual o ano? não sei
quantos anos teria? não sei]
ao fundo, o som melancólico do farol
rompia o nevoeiro que cercava o pontão
de vez a luz tinha sumido perante os meus olhos
sei que quando o meu pé
tocar, esse mar que nos separa
é chegada a hora
Fotografia de Gerard Castello-Lopes
sentei-me num rochedo e o mar tão baixo
a espuma ficava prisioneira nas fragas
e desaparecia deixando ficar manchas amareladas
[qual o dia do ano? não sei
estaria frio? estaria calor? não sei]
pequenas gotas de mar salpicavam-me o rosto
enquanto pequenos caranguejos eram levados
para serem de novo trazidos, perdidos entre as ondas
[qual o ano? não sei
quantos anos teria? não sei]
ao fundo, o som melancólico do farol
rompia o nevoeiro que cercava o pontão
de vez a luz tinha sumido perante os meus olhos
sei que quando o meu pé
tocar, esse mar que nos separa
é chegada a hora
Fotografia de Gerard Castello-Lopes
" som melancólico do farol
ResponderEliminarrompia o nevoeiro que cercava o pontão
de vez a luz tinha sumido perante os meus olhos
"
quanta ternura no poema que me tomou em solidão
há voz no mar, mesmo quando adormecido. pobre velho tonto, já perdeu a memória e hoje é apenas um olhar vazio sobre os baixios que nem os caranguejos ousam servir.
ResponderEliminarbeijinho salgado!
Presos ao mar, ficamos na praia e somos levados pelas ondas... Deixamo-nos ir sem saber se a corrente que nos toma é melhor que a corrente que nos prende à terra...
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