Saudade
se sorrires:
já não conheço os teus lábios
o ar espesso cobriu o olhar, vazio
se falares:
não vou ouvir a tua voz,
a terra húmida sepulta o último suspiro
se andares:
não sabes onde ir
as vagas cobriram a réstia de pó
se pedires, não o faças
os frutos apodreceram nas árvores
«Escrever não é agradável. É um trabalho duro e sofre-se muito. Por momentos, sentimo-nos incapazes: a sensação de fracasso é enorme e isso significa que não há sentimento de satisfação ou de triunfo. Porém, o problema é pior se não escrever: sinto-me perdido. Se não escrever, sinto que a minha vida carece de sentido.»
de Paul Auster
"Saber que será má uma obra que se não fará nunca. Pior, porém, será a que nunca se fizer. Aquela que se faz, ao menos, fica feita. Será pobre mas existe, como a planta mesquinha no vaso único da minha vizinha aleijada. […] O que escrevo, e que reconheço mau, pode também dar uns momentos de distracção de pior a um ou outro espírito magoado ou triste. Tanto me basta, ou não me basta, mas serve de alguma maneira, e assim é toda a vida."
de Bernardo Soares
Laura, acho este poema demasiado bonito para que eu escreva o que quer que seja. Só consigo dizer-te que adorei! Muito lindo...
ResponderEliminarBeijinho!
Saudações, Laura,
ResponderEliminartem saudades que são de cortar o coração.
sua poesia vai bem lá no fundo
quero também dar-lhe os Parabéns pelo dia das mulheres:)
beijos e tudo de bom
e entre orações condicionais, a dúvida é apenas retórica.
ResponderEliminarum beijinho, querida amiga! engenhoso o esquema de urdidura textual, este: assumir a convicção pela conjunção "se".
Laura,
ResponderEliminarpara te deixar um beijinho!
p.s. sempre bom ler-te!