o tempo estendia-se pelos corredores
e afagava as nossas faces com dedos quentes
[do canto da casa: vi chegar o silêncio]
as horas cobriram a cal com manchas de bolor
e os dias esvaziaram o ar dos quartos
[sentada nas escadas: vi chegar a noite]
através das paredes ainda conseguia ouvir:
as vozes,
os passos,
os risos,
o choro,
os outros
[as flores morreram dentro da terra]

Fotografia de Pedro Polónio, http://club-silencio.blogspot.com/
belo, belo
ResponderEliminarbeijo
poderão sempre voltar a desabrochar um dia... (quero pensar assim, às vezes)
ResponderEliminarLindo, Laura!