serpenteando entre rochas disformes,
dedos de algas acariciam o corpo
escapam-se bolhas de ar
à procura da saída, distante, negra
a carne encolhe, dilata
e os peixes esfomeados tiram-lhe a pele,
olhos esbugalhados, enxovalhados de ar
caem,
no fundo
o veneno dilui-se entre vagas geladas

Fotografia da peça de teatro "A Beleza do Pecado" pela companhia de teatro ArtImagem
(entretanto em cena, de 3 a 13 de Março, no Teatro Sá da Bandeira, 3ª a sábados às 21.30h, domingo às 16h, a peça "A Acácia Vermelha" pela companhia de teatro ArtImagem)
azul e verde, escarra na parede :)
ResponderEliminarpor que razão as cores do infinito acabam, invariavelmente, por se cobrir de algas, lodo e visco? talvez porque os homens sejam daltónicos na avaliação da sua própria pequenez...
um abraço!