I
seguir o alcatrão com passos decididos. dentro é o medo que impera. o sorriso que se desenha nos lábios é frio: e tu estás longe. aqui está frio, muito frio. o olhar perdeu-se: o olho direito, o olho esquerdo olham em viés para a serra que se ergue ao fundo. ao fundo a estrada e nada. bate silencioso o coração. fechado sobre o peito enegrecido: a pergunta: pausa. afinal basta abrir os braços: agarrar o gelo. entre a corrida e o barulho dissolvido nos gritos: o que resta é o silêncio.
Fotografia de Laura Alberto
seguir o alcatrão com passos decididos. dentro é o medo que impera. o sorriso que se desenha nos lábios é frio: e tu estás longe. aqui está frio, muito frio. o olhar perdeu-se: o olho direito, o olho esquerdo olham em viés para a serra que se ergue ao fundo. ao fundo a estrada e nada. bate silencioso o coração. fechado sobre o peito enegrecido: a pergunta: pausa. afinal basta abrir os braços: agarrar o gelo. entre a corrida e o barulho dissolvido nos gritos: o que resta é o silêncio.
Fotografia de Laura Alberto
Há muito tempo que queria tentar outro registo, ainda sem nome, fica a frase que me deu a inspiração para começar!
ResponderEliminarA frase de Muller parece ser um lacre forte sobre a possibilidade de qualquer discurso. Resta o carpir apenas? Talvez se possa dançar sobre as campas no inconformismo que toda a poesia é. Muitos ossos responderão com um eco.
ResponderEliminarBeijo, Laura
Reparei que a parte superior da imagem, a laje, parece uma via mais clara empurrando o olhar de volta (para a saída?); parece uma imagem de Klee invertida (céu?).
ResponderEliminarsilêncio e silêncio e ...
ResponderEliminare não quebra, e demora-se
...
P.S. incrível frase e belo começo
gosto de descobrir a tua prosa :-)
Bjs Laura