Azia
era uma vez,
uma menina de tez branca e cabelos negros,
prisioneira num castelo
de altas torres elevando-se no céu,
Pátati,
Pátatá.
era uma vez,
um príncipe, dono de um cavalo branco, voador,
procurando de aldeia em aldeia
aquela que seria dona do seu coração
Pátatá.
Pátati.
e os passarinhos cantavam nos seus ninhos
e as estrelas brilhavam no céu,
e o Sol resplandecia na alvorada,
e pátatá e pátati
e pátati e pátatá
e blá, blá, blá
e blé, blé, blé
e nhã, nhã, nhã
e nhé, nhé, nhé
Fotografia de Man Ray
«Escrever não é agradável. É um trabalho duro e sofre-se muito. Por momentos, sentimo-nos incapazes: a sensação de fracasso é enorme e isso significa que não há sentimento de satisfação ou de triunfo. Porém, o problema é pior se não escrever: sinto-me perdido. Se não escrever, sinto que a minha vida carece de sentido.»
de Paul Auster
"Saber que será má uma obra que se não fará nunca. Pior, porém, será a que nunca se fizer. Aquela que se faz, ao menos, fica feita. Será pobre mas existe, como a planta mesquinha no vaso único da minha vizinha aleijada. […] O que escrevo, e que reconheço mau, pode também dar uns momentos de distracção de pior a um ou outro espírito magoado ou triste. Tanto me basta, ou não me basta, mas serve de alguma maneira, e assim é toda a vida."
de Bernardo Soares
esta história de (des)encantar parece alongar-se pela vida fora, repetindo os sons e os ecos para lá do que os tímpanos do comum dos mortais seriam capazes de suportar... patati, pataté.
ResponderEliminarrasga! rasga! rasga!
um abraço!