as veias dilatam-se sobre os braços,
o sangue teima em parar nos pés,
da porta entreaberta do armário,
vejo as cruzetas que se agitam,
e esqueço as traças que lá habitam,
não sei os sapatos a calçar,
incharam-se as passadas,
retraíram-se as unhas na carne esponjosa,
não preciso acorrer ao armário,
sumiram-se as gavetas repletas,
acumulam-se insectos moribundos no fundo,
não sei o ar que respirar,
esqueci-me como se faz
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The Bride Stripped Bare by Her Bachelors, Even (The Large Glass), 1915–23, Marcel Duchamp
Lindo...
ResponderEliminarDeixo-te um beijo, Laura!
Poema formidável!
ResponderEliminarAbraço.
não sabes? não sabes mesmo?... (ou não queres saber?...)
ResponderEliminarpois, não esqueças que entre os insectos e os dejectos, o ar há-de impor-se, porque é mais leve que toda a imundície que nos rodeia.
um abraço!
Andy, o teu beijo foi recebido!
ResponderEliminarÉs sempre bem vinda!
Beijos
Laura
Marcantonio, não consigo deixar de usar os teus trabalhos, casam-se perfeitamente com algumas das coisas que visualizo quando escrevo.
ResponderEliminarObrigada, pelas criticas, pelas visitas e claro pelos trabalhos!
Beijos
Laura
Jorge:
ResponderEliminarrovavelmente, não quero saber, não quero pensar. Mas acabo por saber e por pensar!Por acabar!
Beijo
Laura
poetas são aridades, poetas que sabem fazer sonetos também..que bomvc époeta e sonetista
ResponderEliminarManisfesto do corpo, que tenta mostrar o pulso.
ResponderEliminarMuito bons seus poemas!
Abraço.
Laura, você é Poeta: cada novo poema seu grava esse destino: parabéns. Não contesto nenhum verso, porque, não sei, vocês parecem que leem no fundo da alma de toda a gente!
ResponderEliminarAbraços,
Tãnia