Sonhei hoje que morria, mas não
acordei. De verdade. O que me despertou do meu sono foi uma tosse violenta oriunda
do centro do corpo.
Uma sensação de lâminas frias navegando
na corrente sanguínea, que na sua passagem por veias e artérias [que sei eu de
corpo humano?] as cortavam. Como se todo o meu sangue fosse fugir de mim, numa
explosão pela boca.
Depois uma dor aguda sobre o peito,
o estilhaçar das costelas, apenas visível pela deformação da pele. E o ar
parecia que nunca tinha existido no quarto.
O barulho da tosse. O anunciar de
uma qualquer doença fatal.
Não acordei quando sonhei que
morria. Sempre estive preparada para morrer. O que eu não estou é preparada
para viver.
Fotografia de Pedro Polónio,
http://club-silencio.blogspot.com/
Laurinha,
ResponderEliminara vida às vezes é uma morte lenta e inconsciente.
Lindo, lindo!
E que foto, heim?
Aproveitando:
Feliz dia das mulheres, para nós todas, verdade?
Beijos!
Tenho uma adorável incompetência pra viver, no entanto, sempre atiro-me.
ResponderEliminarBj grande, Laura
todos os tecidos se fazem matéria que morre... mas antes disso, vive.
ResponderEliminarabraço, laura!
Pode-se conhecer os sintomas e até presumir-se o reconhecimento da morte. Da vida, no entanto, só se sabe que deve continuar, sem mapas ou traçados pre-definidos.
ResponderEliminarBjs.
Sorvendo a sequencia e adorando...
ResponderEliminarBeijo, querida Laura.