As coisas não se resolvem:
enterram-se.
Não fiz nada de mim própria. Não
deixei que nada fizessem de mim própria, a mim própria.
Que valente paradoxo, mas eu não
sou eu, sou o outro. Escondido no armário, saindo para rasgar a carne com os
dedos infectos, à queima-roupa, sangrar a besta e rir, sem parar.
Quando eu sou eu própria: nenhuma
sombra se constrói sob o sol ardente, nenhuma ave pousa nos meus ombros,
nenhuma pegada fica marcada na terra, todas se escondem dentro dela: e ninguém:
a sonhar.
detenho-me na primeira frase e quanto mais a leio e cotejo com os exemplos da vida, mais lhe tributo maior sentido e notoriedade.
ResponderEliminarabraço, laura!
p.s. está na hora de desativar o verificador de palavras na hora de lançar os comentários. na maior parte das vezes erro e tenho de repetir... aliás, já cheguei a perder as palavras no enguiço do não reconhecimento. às tantas sou mesmo robot :)
p.s. 2. como agora... tenho de procurar reconhecê-las de novo, porque falhei na primeira tentativa
Laura
ResponderEliminarIm.Possibilidade (no todo)
Poética forte num misto de severidade,comiseração e inquietude.
Palavras afiadas que ora amedrontam, ora fascinam, assombrosamente lindas.
E somos meros espectros só brincamos de sonhar.
Obrigada pela visita.
Bjs
Laurinha,
ResponderEliminar... e tudo parece mais concreto.
Beijos e ótimo fim de semana!
Uma palavra só: Genial!!!
ResponderEliminar( Concordo com o Jorge relativamente à verificação de palavras nos comentários:)) )
Beijinho minha querida!
Laura,
ResponderEliminarEstive ausente, em viagem, mas agora em casa, eu volto as leituras que me inspiram, como aqui.
A primeira frase acerta o alvo: minha cara de tantas faces.
Bj grande, querida
Laura!
ResponderEliminarADORO sua prosa poética. Existiam os "poetas malditos" que escreviam quase como você. Sempre quis ser uma poeta "maldita. Porque há dentro de mim um "impostor" que me pede isso. Quando "eu não sou eu", sangro memórias.
Amei.
Beijos
Mirze
Enterrados vivos vamos morrendo.
ResponderEliminarBeijoss