O meu corpo minga debaixo da
roupa, criando foles no pano desbotado e gasto. Desapareço no corpo que se
arrasta, debaixo da pele seca e áspera, entre músculo e carne cansados.
Às tantas a minha morte pertence
ao passado, inscrita nos anais malditos. No instante preciso, precioso, em que
os relógios pararam de medo ante gritos estridentes de demónios contorcidos.
Afinal não serei eu uma carcaça condenada
ao tempo líquido que se espalha, à procura de uns lábios que se beijem?
E as perguntas fazem-se, sem eco
de resposta: a vida sangrada, amaldiçoada. [por mim]
Fotografia de Pedro Polónio, http://club-silencio.blogspot.pt/
denso - folhagens
ResponderEliminarque caem no outono
...
beijo carinhoso.
Forte como a vida e belo como a morte!
ResponderEliminarQuerida Laura, adoro o que escreve.
Parece que já nos conhecíamos de outros mundos.
Beijos
Mirze
... a busca incessante pelo nada, onde o muito pouco jé é pleno.
ResponderEliminarBeijos, Laurinha querida!
trago os bolsos vazios e as mãos cheias... dessa massa se fazem aqueles que não se cansam de procurar.
ResponderEliminar