Finalmente repousa,
na mesa de mármore branco,
o cadáver assombrado do ser,
de entranhas expostas,
aos vermes que assomam,
coração mirrado,
pelo peso dos longos dias,
seco na ausência da palavra,
pele gasta ao esquecimento do toque,
encoberta por falsas mascaras
de riso e de choro.
AUSENTE
Fotografia Laura Alberto
«Escrever não é agradável. É um trabalho duro e sofre-se muito. Por momentos, sentimo-nos incapazes: a sensação de fracasso é enorme e isso significa que não há sentimento de satisfação ou de triunfo. Porém, o problema é pior se não escrever: sinto-me perdido. Se não escrever, sinto que a minha vida carece de sentido.»
de Paul Auster
"Saber que será má uma obra que se não fará nunca. Pior, porém, será a que nunca se fizer. Aquela que se faz, ao menos, fica feita. Será pobre mas existe, como a planta mesquinha no vaso único da minha vizinha aleijada. […] O que escrevo, e que reconheço mau, pode também dar uns momentos de distracção de pior a um ou outro espírito magoado ou triste. Tanto me basta, ou não me basta, mas serve de alguma maneira, e assim é toda a vida."
de Bernardo Soares
não obstante o quadro negro e sangrento, consigo vislumbrar uma certa paz nas palavras... talvez da luz que inevitavelmente escapa pelas frestas das paredes...
ResponderEliminarum abraço!
concordo, existe paz na luz das palavras e existe sempre uma janela para abrirmos...
ResponderEliminarBeijo gd Laura!
Prémio para o IM.POSSIBILIDADE!
ResponderEliminarBjinho Laura
Realmente tens razão Jorge, eu é que po rmomentos me esqueci!
ResponderEliminarObrigada!
Beijo
Laura
Ah Andy, assim fazes-me corar!!!
ResponderEliminarNão mereço!!!
Obrigada!
Beijos
Laura
Claro que sim, é muito merecido!!!
ResponderEliminarBeijos