O mágico
vamos lá da cartola tirar:
um coelho cinzento,
dois pássaros esvoaçantes,
meia dúzia de coloridos lenços,
um sonho,
não sei quê de jogos,
algumas nuvens,
muita chuva,
ora vamos cá da cartola tirar:
dúzias de valiosas moedas
quilos de baralhos de cartas
(e se eu me baralho?)
uma dentada
no bolo da ilusão
duas lágrimas
no canto do quarto
«Escrever não é agradável. É um trabalho duro e sofre-se muito. Por momentos, sentimo-nos incapazes: a sensação de fracasso é enorme e isso significa que não há sentimento de satisfação ou de triunfo. Porém, o problema é pior se não escrever: sinto-me perdido. Se não escrever, sinto que a minha vida carece de sentido.»
de Paul Auster
"Saber que será má uma obra que se não fará nunca. Pior, porém, será a que nunca se fizer. Aquela que se faz, ao menos, fica feita. Será pobre mas existe, como a planta mesquinha no vaso único da minha vizinha aleijada. […] O que escrevo, e que reconheço mau, pode também dar uns momentos de distracção de pior a um ou outro espírito magoado ou triste. Tanto me basta, ou não me basta, mas serve de alguma maneira, e assim é toda a vida."
de Bernardo Soares
deixei de acreditar em chapéus mágicos, ilusionistas e cartolas onde caiba o mundo. já há algum tempo... mas jamais perdi a fé na possibilidade.
ResponderEliminarum beijo, doce amiga!
p.s. the national é mesmo uma pica!!!