Tenho de fronte,
A alva parede,
Virgem no sonho.
Todas as cores do Universo,
Em repouso
Aos meus pés.
Murmura o desejo,
Barulhento
Ante o meu ouvido.
E eu tenho as mãos,
As mãos afundadas nos bolsos.
«Escrever não é agradável. É um trabalho duro e sofre-se muito. Por momentos, sentimo-nos incapazes: a sensação de fracasso é enorme e isso significa que não há sentimento de satisfação ou de triunfo. Porém, o problema é pior se não escrever: sinto-me perdido. Se não escrever, sinto que a minha vida carece de sentido.»
de Paul Auster
"Saber que será má uma obra que se não fará nunca. Pior, porém, será a que nunca se fizer. Aquela que se faz, ao menos, fica feita. Será pobre mas existe, como a planta mesquinha no vaso único da minha vizinha aleijada. […] O que escrevo, e que reconheço mau, pode também dar uns momentos de distracção de pior a um ou outro espírito magoado ou triste. Tanto me basta, ou não me basta, mas serve de alguma maneira, e assim é toda a vida."
de Bernardo Soares
cito essa parede branca (alva... no seu poema) na crônica de meu blog... uma repostagem...
ResponderEliminaro desejo, sim, às vezes é barulhento... mesmo quando murmurante...
você e seus nuances, laura...
e eu aqui, atento!
abração do
roberto.
nossos caminhos haviam de se cruzar com estes amigos em comum, as descobertas nos acrescentam mais vozes, como este teu canto maravilhoso, abraço.
ResponderEliminarIncrível como, de repente, nos damos conta de olhares e vozes que se cruzam aqui, ali e acolá, tornando este nosso canto numa imensa sinfonia poética à escala global!
ResponderEliminarBeijinho!
Ah, meus amigos poetas, Roberto, Assis e Jorge, a vossa visita é sempre um raio de sol portador de calor.
ResponderEliminarBoas escritas e que a voz da escrita não se cale nunca!
Beijos
Laura