Perguntas-me se vai doer.
(Não sei…)
Olho o céu imóvel.
Caem as nuvens.
Desfazendo-se em pó.
(Não, não sei…)
Movem-se as estrelas.
Apaga-se o sol.
Morrem os sonhos na língua do desejo.
(Não…)
Inalo a verdade.
Em gotículas de sangue envelhecido.
Move-se o céu que descubro.
Pergunta-me agora se vai doer.
( )
«Escrever não é agradável. É um trabalho duro e sofre-se muito. Por momentos, sentimo-nos incapazes: a sensação de fracasso é enorme e isso significa que não há sentimento de satisfação ou de triunfo. Porém, o problema é pior se não escrever: sinto-me perdido. Se não escrever, sinto que a minha vida carece de sentido.»
de Paul Auster
"Saber que será má uma obra que se não fará nunca. Pior, porém, será a que nunca se fizer. Aquela que se faz, ao menos, fica feita. Será pobre mas existe, como a planta mesquinha no vaso único da minha vizinha aleijada. […] O que escrevo, e que reconheço mau, pode também dar uns momentos de distracção de pior a um ou outro espírito magoado ou triste. Tanto me basta, ou não me basta, mas serve de alguma maneira, e assim é toda a vida."
de Bernardo Soares
Dói, não dói? sempre...
ResponderEliminarBeijinho!
raios, não sei porquê, mas o cpu diz-me que estou a seguir-te e nada aparece no blogue... hum...
Sim, dói...
ResponderEliminarSempre!