I
Parece que só chove,
Nesta abatida cidade.
E eu que me esqueci
De dar corda às flores.
II
Adivinho o que encontrar,
No fim da íngreme subida.
E eu que perdi
A âncora das nuvens.
III
Finto os homens robot,
Iludindo a esperança.
E eu que nunca tive
A chave do Universo.
«Escrever não é agradável. É um trabalho duro e sofre-se muito. Por momentos, sentimo-nos incapazes: a sensação de fracasso é enorme e isso significa que não há sentimento de satisfação ou de triunfo. Porém, o problema é pior se não escrever: sinto-me perdido. Se não escrever, sinto que a minha vida carece de sentido.»
de Paul Auster
"Saber que será má uma obra que se não fará nunca. Pior, porém, será a que nunca se fizer. Aquela que se faz, ao menos, fica feita. Será pobre mas existe, como a planta mesquinha no vaso único da minha vizinha aleijada. […] O que escrevo, e que reconheço mau, pode também dar uns momentos de distracção de pior a um ou outro espírito magoado ou triste. Tanto me basta, ou não me basta, mas serve de alguma maneira, e assim é toda a vida."
de Bernardo Soares
Laura,
ResponderEliminarTens a chave de tua rua, de tua aldeia: tens a chave do Universo, rodeado de aldeias...
Abraço luso-mineiro,
Pedro Ramúcio.
gostei dos seus poemas,muito bons.
ResponderEliminarPassos Manuel... Sá da Bandeira... Aliados... são tantas as sensações que este serpenteado granítico nos oferece... e as flores... mesmo sem corda... vi-as por lá, bem junto do olhar.
ResponderEliminarBeijinho, Poeta!