Hoje é o dia,
Em que eu disse que te escrevia,
Um dos mais belos versos,
Longe de todos os seres perversos.
Enquanto o faço,
Caio no sono intenso,
E na madrugada vou despertar,
Para assim escutar,
A verdade pesando imenso:
Uma solidão dura como o aço.
«Escrever não é agradável. É um trabalho duro e sofre-se muito. Por momentos, sentimo-nos incapazes: a sensação de fracasso é enorme e isso significa que não há sentimento de satisfação ou de triunfo. Porém, o problema é pior se não escrever: sinto-me perdido. Se não escrever, sinto que a minha vida carece de sentido.»
de Paul Auster
"Saber que será má uma obra que se não fará nunca. Pior, porém, será a que nunca se fizer. Aquela que se faz, ao menos, fica feita. Será pobre mas existe, como a planta mesquinha no vaso único da minha vizinha aleijada. […] O que escrevo, e que reconheço mau, pode também dar uns momentos de distracção de pior a um ou outro espírito magoado ou triste. Tanto me basta, ou não me basta, mas serve de alguma maneira, e assim é toda a vida."
de Bernardo Soares
ah, laura...
ResponderEliminara solidão é feita de aço, sim.
é adaga. e fere bem fundo.
conheço o seu perfurar gelado...
ah, como eu conheço...
abração do
roberto.
Roberto:
ResponderEliminarE acaba por ser essa tal de solidão que nos faz continuar.
a pior espécie de solidão é a solidào convivida. aquela compartilhada com n''os próprios.
ResponderEliminara solidão que muitos sentimos, às vezes, mesmo no meio de uma multidão.
eu já experimentei isto.
e dói.
é uma pancada no fêmur.