os sonhos que se guardam
aqueles que fazem chorar
aqueles que nos deixam em claro
aqueles que deixamos cair
e aqueles que teimamos agarrar
as palavras que se aprendem
como são difíceis no primórdio
como se tornam fáceis no último sopro
como perdem o seu sentido
como ganham novos significados
e essa palavra
que vou apreendendo, dia após dia
escrevo-a com mão tremula
humedeço-a com o olhar
deixo que cresça nos gritos surdos
e estes dias cinzentos
que fogem e correm
de mim, sem mim
que se cumprem frios e solitários
entre sorrisos, verdadeiros e falsos
entre bom dia e até logo
este tempo que não me pertence
e que fora de mim
se ausenta do meu ser
Lindo demais! "este tempo que não me pertence e que fora de mim se ausenta do meu ser". Fazia tempo que não passava por aqui e tinha me esquecido da sua capacidade de conseguir descrever as sensações mínimas e máximas que sentimos no dia-a-dia de nossas vidas.
ResponderEliminarBjos!
O tempo é cada vez menos meu...
ResponderEliminarGosto muito do seu tempo, Laura!
Poema forte e excelente.
ResponderEliminarGostei, como sempre.
Laura, tem um bom fim de semana.
Beijo.