procura-se:
o conforto asséptico de um qualquer invólucro,
recém saídos de um banho de gelo
é tortuoso o ar que se inspira
procura-se:
esfregão abrasivo tipo palha de aço,
a pele estala perante o som que circula,
retraem-se as artérias no estranho abraço
procura-se:
um antídoto fatal em frasco de vidro,
o sangue exala o conspurcado sabor do nada,
deixa que chegue lentamente
procura-se:
desesperadamente,
o tudo dentro de um nada

David Lynch, Inland Empire, 2006
já pensaste como é arriscado construirmos a nossa demanda procurando os tudos e os nadas?... esquecemo-nos de que entre us e outros há muito mais do que o avaliado e que, se desprezado, nos conduz à insignificância existencial. no final, crescem-nos orelhas de burro...
ResponderEliminarum abraço!