boa
noite, dizem
mas
eu não sei quando dormir, que cama escolher
bom
dia, dizem
e
esquecem
raspo
a terra debaixo das pedras
odor
húmido invade-me as narinas
de
unhas sujas como o pão que me resta
até
amanhã, dizem
e
eu esqueço o dia
um
resquício de força, um olhar altivo
reconheço
este céu, estas nuvens que me desenham
a
última golfada de sangue, o último segundo de ar
não
tenho muito tempo nesta parca existência
que
não é minha, que não me pertence
ouço-os
chorar
até
sempre, dizem
e
eu aqui fico
"um resquício de força, um olhar altivo
ResponderEliminarreconheço este céu, estas nuvens que me desenham..."
incrível esta balada!
"e eu aqui fico"...
Beijos, querida Laura!
Olhos sempre abertos são enfadonhos... Pestanas arriadas soam tão líricas!!
ResponderEliminarBeijos, poeta!
Preciso ler vc, sempre.
ResponderEliminarsei que o tempo ficou mínimo, mas venha sempre que puder
saudade!!!!
bj, minha amiga mega super poeta
A vida é curta, na verdade.
ResponderEliminarAinda assim, os "bom dia" e os "até amanhã" também cabem nela. Porque não ocupam lugar nem tempo.
E a vida também é feita de choro, porque há o riso...
Excelente, gostei imenso.
Laura, tem um ótima semana.
Um beijo, querida amiga.
Bonito e honesto
ResponderEliminarA sua poesia revela muito de mim.
Saudades Laurinha...
ResponderEliminarEsquecer também é viver..., e por vezes, a incipiência é uma bênção.
Beijos para todos vocês!
A consciência de que a existência é conectiva também ao que não nos pertence é alcançar a compreensão plena do motivo de aqui estarmos presentes, mesmo quando ausentes.
ResponderEliminarBjos!