Naufrago
arquearam as pernas
da espera solitária,
horas a fio na linha de areia,
secaram-se as lágrimas
do suor do desejo,
perdido no horizonte,
cegou-se o beijo
nas dunas destruídas,
ao sabor do vento
sangrou-se o sonho
no relento da noite,
calaram-se as estrelas,
que se apague o som do teu nome
«Escrever não é agradável. É um trabalho duro e sofre-se muito. Por momentos, sentimo-nos incapazes: a sensação de fracasso é enorme e isso significa que não há sentimento de satisfação ou de triunfo. Porém, o problema é pior se não escrever: sinto-me perdido. Se não escrever, sinto que a minha vida carece de sentido.»
de Paul Auster
"Saber que será má uma obra que se não fará nunca. Pior, porém, será a que nunca se fizer. Aquela que se faz, ao menos, fica feita. Será pobre mas existe, como a planta mesquinha no vaso único da minha vizinha aleijada. […] O que escrevo, e que reconheço mau, pode também dar uns momentos de distracção de pior a um ou outro espírito magoado ou triste. Tanto me basta, ou não me basta, mas serve de alguma maneira, e assim é toda a vida."
de Bernardo Soares
a seu tempo, querida amiga. o horizonte refundiar-se-á numa nova linha onde os barcos da felicidade possam voltar a navegar.
ResponderEliminarum beijinho!
entre manifestos e pedradas teus versos sobressaem, não há nau frágil em tua poesia,
ResponderEliminarbeijo
laurita, há um selo-distinção para ti lá no viagens de luz e sombra. foi-me atribuído pela jb, do "em tons de azul" e repasso-to. vê lá se tens tempo e vontade de lhe replicar :)
ResponderEliminarum beijinho, querida amiga!
"que se apague o som do teu nome" Muuuuito bom!! gostei mesmo!! forte e intenso!
ResponderEliminar[]s
Psssssssssst! Laurinha, saudades de te ler.
ResponderEliminardeixo-te um beijo e uns pózinhos de perlimpimpim para esse nome desaparecer. um dia , é dia, vais só ver!:)
beijo