chega-me ao ouvido um lamento comedido
uma doce canção de embalar perdida nos tempos idos
que hoje ninguém sabe cantar
[se é uma canção de embalar não poderá ser um lamento]
se nestas terras é o verão que chega, noutras é o inverno que começa
e a voz doce e trémula vais percorrendo o espaço
ouço-a, ora claramente ora imperceptível
[se não está ninguém contigo, nada podes ouvir]
a chuva parou, não tenho fome, nem sede sei ter
os primeiros raios de sol rasgam as nuvens pesadas
não quero ouvir os que de mim se acercam, apenas aquela canção de embalar
Laura, tive um misto de surpresa e alegria ao ver que passaste pelo mesmo território em que navego! Escrever é, de fato, algo muito difícil, principalmente quando percebemos que do lado de lá existe apenas o silêncio. Mas até as pedras um dia se transformam com o acúmulo da poeira. Abraço
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