[golden star]
a chávena inerte sobre a mesa
o café que arrefece, fumo em espirais aleatórias
com dedos nervosos percorro o tampo de vidro
impressões digitais esborratadas
misturadas com outras de desconhecidos
já nem os estudantes aqui param
e os velhos contam os últimos trocados
que irão trocar por pão
ensaio umas letras, a medo
num papel que trago esquecido no bolso
à saída deixo-o ficar amarrotado
no caixote do lixo imundo
tão depressa me erguem uma estátua
tão depressa me abrem um túmulo
Fotografia de Man Ray, Anatomies
tão depressa me urge o mundo
ResponderEliminarbeijo
laura, incrível, achei o poema super visual e cada palavra, sentido, tudo no devido lugar. :)
ResponderEliminar
ResponderEliminar[ser: tão volátil
como o tempo ao mundo]
um imenso abraço,
Lb
O que brilha se esfuma na fugacidade do existir.
ResponderEliminarbeijoss
Gente, essa foto é a mesma que estampa um livro da Fernanda Young - O Pau. Não sabia que era de Man Ray.
ResponderEliminarBjos
quantas saudades de te ler!
ResponderEliminaradoro sempre!
beijinho, Laura!
Pesado esse final. Sempre penso que tem gente que vive mas não vive e morre mas não morre.
ResponderEliminarQuerida Laura
ResponderEliminarUm espanto, mas tão lindo.
Adoro.
bjs.
Talvez algumas coisas tenham que findar, para que, enfim, se comecem outras.
ResponderEliminarSaudades de ti, muitas!
Grande beijo para vocês!
A vida é feita de altos e baixos.
ResponderEliminarQue muitas vezes nem sequer são merecidos.
Magnífico poema, gostei muito.
Laura, querida amiga, tem uma boa semana (ou boas férias, se for o teu caso).
Beijinhos.