E amanhã?
Ainda haverá vento fazendo as
bandeiras esvoaçar bem alto nos mastros? Ou será que foram todas queimadas nas
noites geladas, pintando o céu escuro em tonalidades cor de laranja?
E amanhã?
Quantos serão os pés que pisam as
calçadas, com seus sapatos luxuosos? E quantos são os que correm de pés
descalços? E quantos deles se abrigam nas sombras dos becos, esquecidos, como
que enterrados?
E amanhã?
Quantos serão os túmulos que irão
ser abertos? Quantos os registos queimados? Quantas valas comuns? E quantos os
que morrem sem nascer? E quantos os que nascem para morrer?
E depois de amanhã? E hoje? E
depois de hoje?
[Apenas à espera que o tempo se
cumpra, somente. E todo esse mar imenso onde saberia por certo perder.]
Que se calem as vozes, definitivamente.
Apenas tenho saudades de mim.
...
ResponderEliminarNão sou pessimista, mas temo o pior...
ResponderEliminarMas não temo as tuas palavras, com as quais fazes magníficos textos como este. Resumindo, gosto das tuas palavras. As de hoje e as de amanhã.
Beijo, querida amiga.
esse céu lembrou-me as tonalidades da Lara! sempre bom te ler. beijo
ResponderEliminarLaurinha,
ResponderEliminarQuando temos saudades de nós mesmos, é porque antes tínhamos as respostas, e agora, apenas nossa presença; pois as respostas também se fazem da ausência.
Já te disse e repito: adoro essa tua série!
Beijos e ótimos dias!
e amanhã: eu sempre me pergunto e me calo em respostas,
ResponderEliminarbeijo
Uau!
ResponderEliminarSó saberemos do hoje
ResponderEliminarSe houver amanhã.
Os dias negros insinuam-se, já se sente o bafo fétido da fera...
ResponderEliminarBeijo :)
O (des)contro connoco...
ResponderEliminarAbraço!
(des)encontro!
ResponderEliminarRebeijo ou (reabraço?)
Sempre sinto saudade de mim, pois nunca me encontro no hoje e quando me procuro no amanhã... encontro o silêncio mais alto.
ResponderEliminarSaudade de te ler!
Bj grande
Suas palavras me fazem lembrar do que não quero ver amanhã.
ResponderEliminarO hoje ainda está de bom tamanho apesar dos pesares.
Bjs.