I
lavo a pele com água a escaldar,
preparo o terreno
onde os vermes farão pousio
II
procuro as vestes perfumadas
com que ornamentarei o corpo,
mapa de urgências mudas
III
corto pedra, faço um trilho
abismo fundo
de nossos corpos descartáveis
IV
cerro os olhos, busco agulhas
se não enxergar,
o amanhã nunca chegará
Fotografia de Pedro Polónio, http://club-silencio.blogspot.pt/
estou certa disto: solidão é terreno fértil!
ResponderEliminarbeijinho minha querida!
Teus poemas são carregados de imagens espantosas.
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