
Fotografia de Pedro Polónio,
http://club-silencio.blogspot.com/
Nu
não sei o que vestir
todas as peças de roupa no armário são esqueletos
esquecidos, vazios
passo a mão por elas
o toque devolve-se áspero,
e a humidade provoca arrepios
abanam suavemente
enquanto as remexo
e nenhuma deles cobrirá a minha pele
não sei o que fazer
deitada na banheira, toda água é suja
e as memórias escorrem pelas paredes
rolos de vapor sobem, vagarosos
pintam o tecto com manchas
que não são mais que a ausência
a ausencia é um território de nudez total, nada há
ResponderEliminarbeijo
É a pele nua, que se quer à amostra...
ResponderEliminarBeijos,
«pintam o tecto com manchas
ResponderEliminarque não são mais que a ausência»
A ausência é a mancha que nos marca, essa nudez que atormenta, faz sofrer e nos deixa tão vulneráveis...
Beijo,
Cristina.