Tens um quarto cheio, cidadão.
Tens o pincel com que o pintas, cidadão.
Tens o ar em que te afogas, cidadão.
Tens a água que te desliga, cidadão.
Cidadão, tens o quarto vazio de nós.
Tenho eu o serrote, cidadão

Marcantonio, Melancolia 36, Técnica Mista, 81×156 cm Rio de Janeiro, 2006
incrível a despessoalização do objecto da tua poesia... o "tu" já é apenas o cidadão, um ser com meros direitos e deveres sociais... até onde mais nos levas, laurita?
ResponderEliminarum abraço!
Este cidadão é apenas um código de barras e tu bem o sabes porquê!
ResponderEliminarBeijo, amigo!