está na hora de dormir,
cobrir o corpo com o gelo dos dedos,
inspirar o ar insano do quarto,
é chegada a hora de dormir
tombar os ossos no soalho envelhecido,
embalar-se no ranger dos dentes,
(lava os dentes e vai para a cama)
dormir finalmente,
ainda que entre as traças do destino,
dormir para acordar, sorrateiramente

Fotografia de Ed Van Der Elsken
e assim se permanece, no limbo da semi-inconsciência onde o sono é talvez o menor de todos os males...
ResponderEliminarum beijinho, amiga!
Sempre tão densos os seus poemas! "Embalar-se no ranger dos dentes", que imagem fantástica, a canção de ninar do bruxismo! Bom demais.
ResponderEliminarObrigado, Laura, pela visita.
Beijo.