botas assentes em solo firme e pés sempre molhados,
esboça um sorriso e partem-se os dentes
salta-lhe o peito e não tem coração,
abrem-se as pálpebras e os olhos não vêem
enrola os braços e caem-lhe as mãos

Marcantonio, Melancolia 15, Técnica Mista, 160×88 cm, Rio de Janeiro
http://cadernosdearte.wordpress.com/
Poema maravilhoso! Mesmo! Cada verso convoca uma imagem para compor um retrato que oscila entre a rarefação e a densidade máxima. Cabeça, tronco e membros. Ainda bem que me restaram algumas palavras para expressar a minha admiração!
ResponderEliminarAbraço.
Um casamento bonito entre texto e imagem: parabéns aos dois!
ResponderEliminarAbraços,
Tãnia
o marcantónio é genial com as palavras e o traço!
ResponderEliminaras tuas têm coluna vertebral, aquela que jamais permitirá que te dobres, vergues e quebres (como o corcunda que pintas).
um abraço!
Bravissimo, Laura!
ResponderEliminarRendo-me à sua poesia! Impossível não fazê-lo...
Você e Marcantonio, verso e anverso de uma rica moeda de ouro!
Encanta-me o trabalho de ambos.
Abraços
P.S. E por tudo que aqui encontrei, sigo-a...