sinto ainda o vento, o seu odor
quando entrelaçou os nossos cabelos
e agora,
ainda tens os pés dentro de água?
ouço os braços que se agitam
mas já não é o teu calor que me envolve
é frio que fica
a marca da ausência e eu aqui
[quisera ser pedra, rocha
dura, cinzenta, fria, húmida]
ficará:
a marca das ondas,
a espuma que seca em silêncio,
a areia dispersa nos dias longos,
virá a chuva,
lavar o sal,
arrastar as algas,
assassinar a memória que me resta

Fotografia de Gérard Castello Lopes
essas coisas de mar e sal me vertem a alma,
ResponderEliminarbeijo
O silêncio de uma espuma secando é uma imagem e tanto!!!
ResponderEliminarBeijos,
"O Amor, dificilmente me visitou. Amei o impossível. Eu fui eu e fui o outro"
ResponderEliminaracabo de ler isto no blogue da não-sou-eu-é-a-outra.
assassinar o quê?... há coisas que nunca chegaram a nascer e outras que não podem morrer...
um abraço marítimo!
p.s. gosto da foto. :)
Tão bonito, Laura!
ResponderEliminarcomo sempre, cheio de sal.
Beijos!