já nem sei que tinta usar,
minhas mãos esqueceram o rosto
que trazias nas noites frias
não sei que voz vou ouvir
quando disparar uma pergunta,
o emaranhado de alcatrão negro
não leva o meu silêncio
é ar, ar, ar, terra, terra e terra,
são as arvores, as estradas,
a tua casa lá no fundo
o ruído, o fumo
são as grades, altas
és tu
sou eu
são as cicatrizes que trazemos

“Homenagem a Henri Cartier-Bresson” de Gerard Castello Lopes
não são as cores, querida amiga; são os homens (como bem dizias).
ResponderEliminarhomenagem oportuna, esta, a castello-lopes.
um abraço!
Somos nós e as cicatrizes que carregamos. LINDO!
ResponderEliminarDesculpe não ter visitado o seu espaço antes, pois estava tirando férias (meus últimos dias) e colocando algumas idéias no lugar. Estava também preparando um material novo. Espero que goste.
Ótimo texto e ótimo blog!
Abraços calorosos.
Adriano MB.
[Na ausência, tudo falha, tudo escapa, as ruas esvaziam-se, a cidade torna-se deserta, o silêncio segue, espreitando, corre depressa e espanta-se dentro da sombra, cinza que o vento soprará para longe]
ResponderEliminarum abraço,
Leonardo B.
magistral,
ResponderEliminarbeijo