«Escrever não é agradável. É um trabalho duro e sofre-se muito. Por momentos, sentimo-nos incapazes: a sensação de fracasso é enorme e isso significa que não há sentimento de satisfação ou de triunfo. Porém, o problema é pior se não escrever: sinto-me perdido. Se não escrever, sinto que a minha vida carece de sentido.»
de Paul Auster
"Saber que será má uma obra que se não fará nunca. Pior, porém, será a que nunca se fizer. Aquela que se faz, ao menos, fica feita. Será pobre mas existe, como a planta mesquinha no vaso único da minha vizinha aleijada. […] O que escrevo, e que reconheço mau, pode também dar uns momentos de distracção de pior a um ou outro espírito magoado ou triste. Tanto me basta, ou não me basta, mas serve de alguma maneira, e assim é toda a vida."
de Bernardo Soares

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

já o disse, há muitos anos atrás
quando o tempo não sabia o tempo que restava
e as nuvens escondiam-se entre rostos sorridentes

já o disse, agarrada pelos teus braços
ao som do mar que descia pelas nossas pernas enroscadas
e o céu era uma vasta cortina de luz

já o disse, quase em silêncio
o teu nome em segredo

5 comentários:

  1. disseste-o e quem o pode ter esquecido? o tempo é a memória e nós somos o tempo.
    abraço, amiga!

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  2. caramba... que combinação, Laurinha!

    venho com outra face, mas venho... e sempre fico emocionada com tua voz...

    Beijo!

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  3. ainda ecoa o dito a levar-se adiante,


    beijo

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  4. «já o disse, quase em silêncio
    o teu nome em segredo»
    Tão bonito, Laura! :)
    Beijinho.

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