XVII
a noite
desce silenciosa
sobre a
majestosa avenida
vestida de
gente apressada,
que corre,
que pára
que espera
e que parte
alheia à
humidade da noite
que
transpira no granito sujo
viro à
esquerda, uma alameda
vazia,
quase vazia, um depósito
de carros
luxuosos
árvores
seculares
de beatas,
de papéis
de escarros,
paralelos
perdidos
caminho com
o frio nos pés
finjo que
corro, apressada
entre faróis
amarelos de automóveis
à procura
do caminho de regresso a casa
e lentamente
vejo-me a desaparecer
uma névoa
cinzenta colada aos abetos
pudesse eu
falar
gesticular
erguer os
braços
mexer as
mãos
pudesse eu
ser eu
não sendo
invisível
[Meus queridos amigos,
nunca um texto meu tinha sido alvo de tantos comentários. Algo que me deixa bastante feliz. Motivo pelo qual me vejo, agradavelmente obrigada, a deixar aqui uma palavras de agradecimento a todos os que comentam e que lêem.
Não sou mestre com as palavras, por isso deixo aqui o meu sincero Obrigada, pelas vossas palavras, pela vossa visita.
Abraço
LauraAlberto]
quando a voz
ResponderEliminarse cobre
com a capa do silêncio
e reverbera:
poesia!
Beijinho carinhoso, amiga-poeta-do-além-mar!
- seu lirismo é, realmente, um dos mais belos, Laura. Parabéns.
ResponderEliminarmas confesso que tenho uma visão diferente da invisibilidade do nosso ser, até porque, acredito eu, mesmo o ínfimo sibilo de nossa respiração é capaz de provocar um eco ensurdecedor.
noturno para (c)idades invisíveis,
ResponderEliminarbeijo
Ocultamo-nos para...ser? Bom percorrer as avenidas da sua poesia, Laura!
ResponderEliminarBeijos,
Apenas de passagem, só por uma linguagem diferenciada, à invisibilidade da poesia. Presente.
ResponderEliminar¬
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarvi na tela a cena
ResponderEliminaros movimentos, a noite, o silêncio, a névoa, as respirações e transpirações
leio-te e vejo o vídeo e sinto a vibração dos tímpanos
sinto um arrepio
beijo grande
um ser invisível não tem noção da sua própria invisibilidade. estou em crer, amiga, que a verdadeira invisibilidade é o tanto que vemos uma coisa sendo, na verdade, outra totalmente diferente... achem-se novos olhos e os respetivos objetos.
ResponderEliminarbeijo!
Laura, tudo bem?
ResponderEliminarO invisível quando divisível é amor.
Beijos e ótimos dias!
o invisível faz ruídos na cidade e com os olhos escuto.
ResponderEliminarMaravilha, Laura
bj
Mas não são invisíveis as tuas palavras.
ResponderEliminarExcelente poema, gostei imenso.
Laura, querida amiga, bom resto de domingo e boa semana.
Beijo.
a noite tem este poder, tornar visível o invisível, quanto mais não seja dentro de nós...
ResponderEliminarbelíssimo como sempre!
beijo, Laura.
Meus queridos amigos,
ResponderEliminarnunca um texto meu tinha sido alvo de tantos comentários. Algo que me deixa bastante feliz. Motivo pelo qual me vejo, agradavelmente obrigada, a deixar aqui uma palavras de agradecimento a todos os que comentam e que lêem.
Não sou mestre com as palavras, por isso deixo aqui o meu sincero Obrigada, pelas vossas palavras, pela vossa visita.
Abraço
LauraAlberto