«Escrever não é agradável. É um trabalho duro e sofre-se muito. Por momentos, sentimo-nos incapazes: a sensação de fracasso é enorme e isso significa que não há sentimento de satisfação ou de triunfo. Porém, o problema é pior se não escrever: sinto-me perdido. Se não escrever, sinto que a minha vida carece de sentido.»
de Paul Auster
"Saber que será má uma obra que se não fará nunca. Pior, porém, será a que nunca se fizer. Aquela que se faz, ao menos, fica feita. Será pobre mas existe, como a planta mesquinha no vaso único da minha vizinha aleijada. […] O que escrevo, e que reconheço mau, pode também dar uns momentos de distracção de pior a um ou outro espírito magoado ou triste. Tanto me basta, ou não me basta, mas serve de alguma maneira, e assim é toda a vida."
de Bernardo Soares

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Hoje é o dia,
Em que eu disse que te escrevia,
Um dos mais belos versos,
Longe de todos os seres perversos.

Enquanto o faço,
Caio no sono intenso,
E na madrugada vou despertar,
Para assim escutar,
A verdade pesando imenso:
Uma solidão dura como o aço.

3 comentários:

  1. ah, laura...
    a solidão é feita de aço, sim.
    é adaga. e fere bem fundo.
    conheço o seu perfurar gelado...
    ah, como eu conheço...
    abração do
    roberto.

    ResponderEliminar
  2. Roberto:
    E acaba por ser essa tal de solidão que nos faz continuar.

    ResponderEliminar
  3. a pior espécie de solidão é a solidào convivida. aquela compartilhada com n''os próprios.
    a solidão que muitos sentimos, às vezes, mesmo no meio de uma multidão.
    eu já experimentei isto.
    e dói.
    é uma pancada no fêmur.

    ResponderEliminar