amanheceu em nós
a madrugada da vasta solidão
sobre corpos tombados
de pele arrepiada
de carne fria
de sangue inerte
o pesar do tempo líquido
que os afasta
de nada adianta jurar
que o mundo irá parar
que o céu não será um denso manto pendendo sobre nós
pois a escuridão caminha
lado-a-lado
a teu lado
a meu lado
e nós já aqui não estamos
Fotografia de Pedro Polónio, http://club-silencio.blogspot.pt/
A madrugada que amanhece só...o fim do mundo acontecendo sempre, enquanto ainda se espera que aconteça. Louvo o poema e a poeta.
ResponderEliminarBeijos,
Muitas vezes a companhia é esse ser invisível, onde até a nossa sombra se esconde.
ResponderEliminarQue belo, Laura.
ResponderEliminarBelíssima escrita que nos transpõe para o mundo das emoções!
Lindo! Já aderi ao blogue!
Se quiser espreitar o meu blog e espreitar o k escrevo aqui fica o endereço
http://lualibra.blogspot.pt/
xoxo
Sarah
e nunca estamos por mais que queiramos, neste lado alado,
ResponderEliminarbeijo
há instantes em que me assombro
ResponderEliminarpela aproximação de nossas
almas
...
belo poema,
beijo carinhoso.
jurar o que não nos pertence é sempre um lugar vazio, porém, ainda pensamos em querê-lo
ResponderEliminarbj, poetaça
A presença ausente é a ausência presente que se sente. No entanto, o corpo que se molda no vazio, dele se absorve e devolve o que não mais era para se tornar o que se deseja ser.
ResponderEliminarBjos preenchidos!
há sempre uma voz vestindo o silêncio!
ResponderEliminarbeijo, linda!