Desconheço como abrandar a velocidade
do veiculo onde me desloco. Não sei como ordenar aos meus pés uma marcha lenta,
parada.
Passo pelas estradas, ruas e
caminhos cruzados. Por subidas e descidas, muito acima do nível médio das águas
dos mares, muito abaixo da linha do céu azul.
Mistura de cores informe,
contornos esbatidos ao sabor da passagem.
Tento distinguir as pessoas, os
seus rostos, adivinhar-lhes os dedos das mãos, moldar a forma dos seus corpos.
Tudo me surge como pequenas figuras numa maquete universal.
Pressinto o seu odor, descubro os
desejos escondidos, profano as suas vidas. Quero brincar de imortal neste jogo
de peões onde me desoriento, e afinal sou eu a figura incolor.
Fotografia de Laura Alberto
Olá.
ResponderEliminarAdorei seu blog, tem muito assunto interessante,parabéns.
Até mais
Laurinha,
ResponderEliminarno contraste da percepção também se faz o Purgatorium.
Beijos e ótimos dias!
mais uma verdade que visto...
ResponderEliminarbeijinho, querida!
Os prismas irisam os arco-íris!
ResponderEliminarAbraço
Um querer vivo esgueirando-se por pedaços de realidade com escuras tonalidades...
ResponderEliminarBeijo :)