talvez sejamos os que caminham
de
olhos bem arregalados
com
orelhas afinadas,
de
braços erguidos no alto
e
de punhos fechados
talvez
sejamos os que caminham
na
noite e fingem ser dia,
os
que desconhecem as cores do amanhecer
de
cansados que estão da escuridão
talvez
sejamos aqueles
de
olhos raiados de sangue
com
ossos quebrados
e
pele coberta de nódoas negras
talvez
sejamos os que tentam calar
e
morrem a estrebuchar
talvez
sejamos os ninguém
sem
número, sem lapide
Fotografia de Laura Alberto
lindo poema. estou encantado. passarei mais vezes aqui. grande abraço. ;)
ResponderEliminarque poema, que poema
ResponderEliminaruau ( me roubou as palavras)
beijo