«Escrever não é agradável. É um trabalho duro e sofre-se muito. Por momentos, sentimo-nos incapazes: a sensação de fracasso é enorme e isso significa que não há sentimento de satisfação ou de triunfo. Porém, o problema é pior se não escrever: sinto-me perdido. Se não escrever, sinto que a minha vida carece de sentido.»
de Paul Auster
"Saber que será má uma obra que se não fará nunca. Pior, porém, será a que nunca se fizer. Aquela que se faz, ao menos, fica feita. Será pobre mas existe, como a planta mesquinha no vaso único da minha vizinha aleijada. […] O que escrevo, e que reconheço mau, pode também dar uns momentos de distracção de pior a um ou outro espírito magoado ou triste. Tanto me basta, ou não me basta, mas serve de alguma maneira, e assim é toda a vida."
de Bernardo Soares

segunda-feira, 5 de março de 2012

cores: todas as cores que sei

hoje vesti-me de azul
para mergulhar nas ondas do teu sabor

hoje vesti-me de laranja
para sentir o calor dos teus lábios

hoje vesti-me de verde
e quase jurei afagar a frescura do teu corpo no fim da tarde

hoje vesti-me de vermelho 
e saboreei o teu suor que outrora me escorreu pela pele

hoje vesti-me de negro
para te deixar partir com a minha paleta abafada no teu abraço

[hoje terminam as cores, obrigada!] 

8 comentários:

  1. Bem me vestes com a cor de tua voz,Laurinha!

    beijinho carinhoso!

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  2. o verdadeiro arco-íris é o que perdeu o arco e se fez seta; o que dispensou as cores primárias e se reinventou apenas matizes. porque a vida é assim, não assado.

    beijo, laura amiga!

    p.s. o almada nunca adoece, pim!
    o almada, mesmo doente respira saúde, pim!
    o almada tem vírus na voz, pim!
    o almada infeta todos os dantas, pim!
    até porque os dantas são feios, são porcos, são maus, pim!
    e os dantas têm dentes podres, cheiram mal da boca e escrevem poesia como se estivessem a instalar caleiros num telhado, pim!
    e sexta-feira o almada vai jorrar o sangue, pim!
    e todos os dantas vão aprender o que é cantar, morder, rugir e sangrar, pim!

    viva o almada, pim!
    abaixo os dantas, pim!
    viva sexta-feira, pim!

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  3. Ei, Laura,
    adorei todas estas suas cores que você sabe
    a imensidão do azul
    a energia ativada no laranja
    a vida do verde
    a energia pulsante do vermelho
    a ausência livre no negro

    beijos pra ti

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  4. Belíssimo!

    Poema e Vídeo!

    Abração carioca!

    Mirze

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  5. Belíssimo, querida Laura!

    As cores e seus enigmas, o azul que tranquiliza e preto que dixa partir...

    Beijinho!

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  6. e você nos veste [lá no âmago] com a cor dos seus poemas,

    cada vez mais belos.

    grande abraço, querida laura!

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  7. Um arco-íris de amor...
    Gostei muito do teu poema, foste brilhante com as tuas palavras.
    Beijo, querida amiga Laura.

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