alguém permitiu que os abetos corram.
nascem flores dentro do solo.
teus olhos pararam
abertos sobre as órbitas
cortaram os ramos sobejantes,
amarraram os que restam
dentro de brancos lençóis desinfectados
teus olhos ouvem
piscam tocados pelo ar quente
continua o vento lá fora
destemido
seguem-se as folhas ordeiramente
teus olhos minguaram
simplesmente se esqueceram

Um dia cinzento, Jorge Molder
a cada vez que aqui venho me deparo com essa tua rara escritura, afiando fino o fio do verbo
ResponderEliminarbeijo
que parem, que mingüem, que apodreçam, que morram... o essencial continuará a ser invisível aos olhos.
ResponderEliminarum abraço, laurinha!